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sábado, 27 de outubro de 2012

Lição 4

Em slaids achei na EBD criativa gostei muito e quero compartilhar
você baixa no seu pc como foto, monta no power point  e pronto  pra dar seu estudo.
confira:
















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LIÇÃO 4


4º Trimestre 2012
Tema: Cartas que ensinam
Comentarista: Ciro Sanches Zibordi

 CONFRONTO HISTÓRICO

Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Entenderque combatemos constantemente as obras das trevas, porém que nosso maior inimigo é nossa própria natureza; conscientizar-se da necessidade do fruto do Espírito para vencermos no dia a dia.

Para refletir
“Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis”.(Gl. 5.17 – ARC).

O espírito e a carne são opostos um ao outro, conforme evidenciado por suas obras e frutos (Gl 5.19-22). O resultado dessa oposição é um conflito interno dentro de todos os cristãos, aqueles que aprendem que não podem ser vitoriosos por sua própria força (Rm 7.15-23), que se submetem ao Espírito Santo e procura desenvolver o fruto do Espírito, esses serão mais que vencedores.

Texto Bíblico: Gl. 5:16-26.

Introdução
Na Bíblia de Estudo Genebra, o texto em questão já começa com duas coisas interessantes: Paulo usa o verbo Andar na forma imperativa Andai e o advérbio de tempo jamais que modifica completamente a atitude do verbo (v. 16). O apóstolo quis nos passar a seguinte ordem: "Caminhai, continuamente, no Espírito e, em tempo nenhum (nunca) cumprireis os desejos (vontades) da carne".
Definição do termo "Carne"
Paulo diz no cap. 6:13 que os agitadores da Galácia queriam circuncidar os gálatas a fim de gloriarem-se em sua "carne" e, em 2:16, o apóstolo relata que pela observação da lei, "nenhuma carne" (isto é, ninguém) será justificada. Paulo usa o termo "carne" em, pelo menos, três sentidos. Em um sentido mais geral, refere-se ao que é humano. Em outro sentido, refere-se ao corpo físico. Em um sentido mais específico, principalmente quando aparece em oposição ao "espírito", refere-se à natureza humana pecaminosa, que envolve também a mente e a alma.

O Conflito da Oposição
O Espírito e a carne são diretamente opostos um ao outro, conforme evidenciado por seu fruto e obras (v. 19-22). O resultado é um constante conflito implacável e arrebatador dentro dos cristãos, em que eles não podem ser vitoriosos por sua própria força.
Se tentarmos seguir o Espírito Santo apenas com nossos esforços humanos, fracassaremos. O único caminho para nos libertarmos de nossos desejos pecaminosos é por intermédio do poder recebido do Espírito Santo (veja Rm 8:9; Ef 4: 23,24; Cl 3: 3-8).
Eles, o Espírito e a Carne, opõem-se entre si para não nos deixar fazer o que queremos (v.17b); isto significa que não temos vontade própria (Rm 7: 15-23).

Obras Versus Fruto
Segundo o Aurélio (dicionário), Obras são efeitos do trabalho ou da ação; Fruto é Resultado, conseqüência. Os termos usados por Paulo nos vs. 19a e 22a fazem ligação direta com a escolha do cristão. Se optarmos pela carne, desfrutaremos de sua ação e provaremos seus efeitos; entretanto, se escolhermos o Espírito, conseqüentemente, colheremos seu fruto.
Outra coisa interessante que precisamos observar nesses termos é que, quando se refere à carne, encontramos suas obras ligadas indiretamente, porém, distintas entre si. Exemplo: enquanto um idolatra, outro se prostitui, outro pratica homicídios, outros pregam heresias e assim sucessivamente; porém, todas as obras estão ligadas à mesma natureza pecaminosa.
Agora, quando se trata do Espírito, muda completamente o cenário. Ao invés de usar o plural, tudo fica no singular. Isto é, a conseqüência de quem anda no Espírito é o Seu fruto produzido gradativamente dentro do cristão. Exemplo: ninguém pode ser benigno, se não tiver paz, gozo, alegria, amor, bondade, fé, mansidão, domínio próprio e amor. Tudo está interligado. Não há distinção.

Todos nós temos desejos pecaminosos e não podemos ignorá-los. A fim de podermos seguir a orientação do Espírito Santo, devemos, decididamente, enfrentá-los (crucificá-los - 5:24).
Quem vencerá essa árdua batalha entre o Espírito e a carne? Vencerá aquele que nós escolhermos.

As Obras Da Carne
Para facilitar a compreensão, vamos dividir as obras da carne em 04 (quatro) grupos e, assim, analisar cada grupo detalhadamente.
Nesta parte do estudo, refletiremos sobre os dois primeiros grupos. São os seguintes:

1. Pecados da carne - Os pecados da carne são aqueles que pertencem à própria natureza humana pecaminosa. São eles:
·         Prostituição (vs 19a)
A prostituição têm vários conceitos, segundo o Dicionário Aurélio - Século XXI. São eles:
 a) Iniciar na vida de prostituto; entregar à devassidão (libertinagem); desmoralizar, corromper;
 b) Fig. Tornar vil (Mesquinho, miserável, insignificante) ou degradante; degradar, aviltar, desonrar. Ex: prostituir a justiça;
 c) Expor publicamente: as dançarinas que prostituem o corpo aos olhos dos fregueses de cabaré;
 d) Entregar-se à vida de pública devassidão; tornar-se prostituto;
 e) Produzir (o artista ou o cientista de capacidade) obra artística ou científica com o objetivo exclusivo de enriquecer, desprezando princípios, idéias, ou a qualidade do trabalho: muitos pintores de talento se prostituem, tornando-se verdadeiros comerciantes;
 f) Desonrar-se, aviltar-se, praticando ações vergonhosas ou indecorosas; rebaixar-se: a justiça não pode prostituir-se;
 g) Deixar-se corromper por suborno de favores.

Por que Deus proibiu a prostituição? (Dt 23: 17-18)
Quase todas as outras religiões conhecidas na época incluíram a prostituição como ritual de adoração aos ídolos. Mas a prostituição escarnece da idéia original de Deus para a família, ao tratar o sexo como um ato que não exige compromisso entre o homem e a mulher. Fora do casamento, o sexo é destrutivo.

Onde se origina a Prostituição?
Jesus nos ensina que a prostituição tem origem no coração do homem (Mt 15: 19). Porém, o corpo não foi feito para ser dado à prostituição (I Co 6: 13).

Como lidar com a Prostituição?
 - Fugir dela - I Co 6: 18
 - Mortificá-la (torturar, castigar) - Cl 3: 5.
 - Abster-se dela (privar, impedir) - I Ts 4: 3.

·         Impureza (v. 19a)
A impureza, segundo o Aurélio, é a qualidade ou estado de impuro (imundo, contaminado, infetado).
Esse pecado está ligado diretamente aos pensamentos profanos e imundos que permeiam a mente dos cristãos. Paulo disse aos filipenses que "... tudo que é puro...nisso pensai" (Fp 4: 8). A pureza é caracterizada por tudo aquilo que de Deus. Pensar ao contrário, é impureza.
Esse pecado também pode ser conhecido como "maus pensamentos" (Mt 15: 19a) e, consequentemente, gera a cobiça (Mt 5: 27-28).
·         Lascívia (Luxúria, libidinagem, sensualidade)
Esse pecado também pode ser conhecido por dissolução, do original grego, significa deboche total, indecência desavergonhada, desejo desenfreado, depravação irrestrita. A pessoa com essa característica tem uma oposição insolente à opinião pública, pecando à luz do dia com arrogância e desdém (Ap 4:3).

2.Pecados ligados à religião
Nesse grupo, relacionamos dois pecados ligados à religião pagã, relatados por Paulo aos cristãos da Galácia.
A.     Idolatria (vs 19b)
Esse pecado tem dois conceitos interessantes:
1. Culto prestado a ídolos. O ídolo pode ser uma estátua ou um simples objeto cultuado como deus ou deusa; todavia, figuradamente, é uma pessoa a quem se tributa respeito ou afeto excessivo.
2. Amor ou paixão exagerada, excessiva. Um sentimento avassalador, excessivo, por algo ou alguém, também se caracteriza como idolatria. Geralmente, as pessoas que possuem esse tipo de sentimento, proferem as seguintes expressões: "meu filho é a minha vida", "minha mãe é tudo pra mim", "se eu perder essa mulher, mato-me", "sem esse homem, não sou nada", "mexa comigo, mas não toque em minhas roupas", "toque em mim, mas não nas minhas coisas".
A Palavra de Deus nos manda "fugir" da idolatria com o mesmo fervor que fugimos da prostituição (1 Co 10:14).

B.     Feitiçarias (v. 19b)
Segundo o Aurélio, é a Ação ou prática de feiticeiro ou feiticeira. É o mesmo que Bruxaria, que têm as seguintes definições:
1. Suposto exercício de poderes sobrenaturais
2. Acontecimento que se atribui a artes diabólicas ou a espíritos sobrenaturais. Exemplos: bagata, bozó, bruxedo, caborje, carochas, coisa-feita, feitiçaria, feitiço, fungu, macumba, malfeito, mandinga, mandraca, mandraquice, mocô ou mocó, mundrunga, sacaca, salgação, sortilégio, trabalho;
3. Ação maléfica atribuída a bruxos ou magos; magia negra;
4.Magia:
 - Arte ou ciência oculta com que se pretende produzir, por meio de certos atos e palavras, e por interferência de espíritos, gênios e demônios, efeitos e fenômenos extraordinários, contrários às leis naturais; mágica, bruxaria;
 - Religião ou doutrina dos magos; magismo;
 - Magnetismo, fascinação, encanto, mágica;
 - Conjunto mais ou menos sistemático de saberes, crenças e práticas, relativamente institucionalizados dentro de um grupo social e que dizem respeito à possibilidade de manipular certas forças impessoais ou indecifráveis que se manifestam na natureza, na sociedade ou nos indivíduos.

O Apostolo Paulo condena categoricamente quem faz uso dessas práticas, dizendo que "... Não herdarão o Reino dos Céus" (Gl 5:21b).
Portanto, não podemos, como cristãos, compartilhar e/ou concordar com esse tipo de prática em nosso meio. Precisamos protestar com a Palavra de Deus e lutar todos os dias, andando em Espírito, para vencermos essas obras da carne.


3. Pecados de temperamento
o   Inimizades.É o mesmo que falta de amizade, aversão, malquerença. É o tipo de pessoa que não tem afinidade com ninguém, arruma problema com todo mundo, não tem amigos, vive metido (a) em confusão. Uma pessoa que exerce essa obra da carne não se satisfaz em ver duas pessoas como amigas, não acredita em ninguém, desconfia de tudo e todos e faz de tudo para que as pessoas ao seu redor se dêem bem.
o   Porfias.Oriunda do Latim "perfídia", essa palavra quer dizer "por via popular". Esmiuçando melhor, é agir por instinto natural do ser humano, que já se tornou um costume popular. Em sentido literal, porfia significa: 1. Discussão ou contenda de palavras; polêmica e 2. Insistência, pertinácia, teima, obstinação; no sentido figurado, essa palavra assume um sentido de competição, rivalidade; disputa.
Nesta passagem aos gálatas, Paulo usa porfia para exemplificar àqueles irmãos que gostam de discutir por tudo, criar polêmica com coisas pequenas e criar contendas por coisas fúteis.
o   Ciúmes.Essa palavra tem uma origem interessante. Vem do Latim Zelumen, de Zelus, que vem do grego Zêlos, que significa 'cuidado'; 'ardor'; 'inveja'; 'ciúme'.
É um sentimento doloroso que as exigências de um amor inquieto, o desejo de posse da pessoa amada, a suspeita ou a certeza de sua infidelidade fazem nascer em alguém; zelos. Perceba que ciúme e inveja são sinônimos e, é acerca deste último que o apóstolo lista para os gálatas. O ciúme aqui é um despeito invejoso; inveja. E diz um ditado popular que inveja é o mesmo que "falta de capacidade".
o   Iras.O sentido usado nesse texto é o mesmo usado em Lc 4:28, que traz o significado de "raiva inflamatória, raiva explosiva, agitação turbulenta, agitação fervorosa, ímpetos impulsivos de raiva". Paulo está falando aqui daqueles cristãos que têm "o pavio curto", que se explodem com facilidade, que enchem o coração de ira por qualquer coisa.
o   Discórdias(Pelejas) e Dissensões. É o mesmo que desarmonia, desentendimento, desinteligência, desavença, desordem, briga, contenda
o   Heresias(Facções). Do grego Haireseis, essa palavra originalmente denotava fazer uma escolha ou ter uma opção. Depois evoluiu para ter uma preferência devido a uma opinião ou sentimento, e passou facilmente para um sentimento de desunião, escolha de lados, ter diversidade de crença, criar dissensão e substituir a submissão à verdade por opiniões rebeldes.
o   Invejas.A palavra propriamente dita significa desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de outrem e desejo violento de possuir o bem alheio. Este sentimento esteve presente na vida dos irmãos de José de tal forma, que os fizeram vender seu irmão como escravo (Gn Cap. 37).
o   Homicídios.É a Morte de uma pessoa praticada por outrem; assassínio. A Bíblia nos informa que este sentimento procede do coração corrompido do homem (Mc 7:21). Quando falamos em homicídio pensamos, diretamente, no ato propriamente dito; porém, matamos as pessoas não só fisicamente, mas sentimentalmente e socialmente todos os dias, quando dizemos palavras duras e impensadas, quando podemos e não queremos ajudá-las, quando humilhamos essas pessoas, nos achando superiores, quando somos indiferentes à situação alheia, dentre outros fatores.

Paulo, após fazer toda a listagem das obras da carne, enfatiza e decreta que, todos os que praticam essas obras, NÃO herdarão o Reino de Deus (Gl 5:21).
Como cristão, não podemos permitir que essas obras façam parte da nossa vida cotidiana. Precisamos "esmurrar nosso corpo" todos os dias e crucificá-lo na cruz de Cristo, para que a vontade do Espírito Santo prevaleça em nossa vida.


O Fruto do Espírito
Chegamos a melhor parte deste estudo. Porque, enquanto nas partes anteriores tratamos sobre o que NÃO fazer, aqui trataremos sobre tudo que precisamos fazer em nosso dia-a-dia.
Essas virtudes são caracterizadas como fruto em contraste a "obras". Somente o Espírito Santo pode produzi-la, e não nossos próprios esforços. Um outro contraste é que, enquanto as obras da carne são mais de uma, o fruto do Espírito é um e indivisível. Quando o Espírito controla completamente a vida de um cristão, ele produz todas essas graças.
Paulo usa a metáfora do fruto para descrever a condução do cristão em Rm 6:22; Ef 5:9; Fp 1:11. João Batista da mesma forma proclamou que o verdadeiro arrependimento produz ações morais concretas como "fruto" (Mt 3:8; Lc 3:8).
Para facilitar nossa compreensão, também dividiremos o fruto do Espírito em seções (grupos). São eles:
1.  FRUTO DE ATITUDE EM RELAÇÃO A DEUS (Amor, Alegria e Paz)
1.1. Amor
Na Bíblia há dois principais sentidos bíblicos para entendermos o amor. Ele pode ser DOM ou FRUTO.
1.1.1. Dom. Esse é o amor Ágape mencionado no capítulo 13 de I Coríntios. É um presente de Deus para o ser humano, expresso na pessoa do Senhor Jesus e é a maior dádiva espiritual. É o amor "que tudo espera, tudo crê e tudo suporta". Como a base de todos os dons é o amor, esse espírito de amor é o fator de qualificação para o exercício bíblico dos dons do Espírito Santo.
1.1.2. Fruto. Essa característica apresentada no texto aos gálatas é, na verdade a ação da primeira, mais conhecida como "caridade". No vocabulário cristão, o amor que move a vontade à busca efetiva do bem de outrem e procura identificar-se com o amor de Deus; ágape, amor-caridade. Mais precisamente, é o exercício do dom supremo derramado em nós pelo Espírito Santo.
O Amor produzido pelo Espírito é como o amor de Cristo.

1.2.  ALEGRIA.
Quando as coisas estão bem, sentimos alegria. Quando as dificuldades chegam, muitas vezes, afundamo-nos na depressão. Mas a verdadeira alegria transcende a onda gigante das circunstâncias; vem de um relacionamento consistente com Jesus Cristo (Jo 15:11).
A alegria é um tema comum nos ensinamentos de Cristo; Ele quer que sejamos alegres (Jo 17:13; 15:11; 16:24). A chave para essa alegria incomensurável é viver em contato íntimo com Cristo, a fonte de toda a alegria. É o resultado de quem anda em Espírito.

1.3.  PAZ.
Do grego eirene, que pode ser comparado com "irênico" ou "Irene", denota um estado de descanso, quietude e calma; inexistência de rivalidade; tranqüilidade. Geralmente tem o sentido de bem-estar. Eirene inclui relacionamentos harmônicos entre Deus e os seres humanos, os seres humanos entre si, nações e famílias. Jesus, como o Príncipe da Paz, dá paz àqueles que o invocam para salvação pessoal.
O Senhor Jesus e o apóstolo Paulo nos convocam a termos paz com todos os homens (Mc 9:50; Rm 12:18).

2.   FRUTO DE RELACIONAMENTOS SOCIAIS(Longanimidade, Benignidade, Bondade)
2.1.  Longanimidade.
Makrothumia, no grego, é a palavra usada para paciência. Essa palavra denota tolerância, paciência, firmeza, resistência, resignação. A capacidade de suportar perseguição e maus-tratos também está inclusa em makrothumia. Descreve uma pessoa que tem o poder de vingança, mas ao invés disso é comedida. Longanimidade nada mais é do que o exercício contínuo da paciência. É o mesmo que paciência sem limites. Essa característica é fruto do Espírito.
2.2.  Benignidade.
A palavra no original usada para benignidade é chrestotes, que significa bondade em ação, amabilidade em disposição, carinho ao lidar com os outros, benevolência, generosidade, afabilidade. Esta palavra descreve a capacidade de agir pelo bem-estar daqueles que testam sua paciência. O Espírito Santo tira características abrasivas de alguém sob o seu controle.
2.3.  Bondade.
O sentido usado nesse texto de Paulo aos gálatas, é o mesmo usado na carta aos romanos (Rm 15:14), que é o de beneficência, bondade em manifestação verdadeira, virtude equiparada com a ação, propensão generosa tanto para querer como para fazer o que é bom, bondade intrínseca produzindo generosidade e um  estado ou existência divinos.

3.  FRUTO DE CONDUTA CRISTÃ(Fé, Mansidão, Temperança)
3.1.   Fé.
Não há maior conceito usado para a fé, como o que é usado na carta aos hebreus, onde ela é o "firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem" (Hb 11:1).
A Fé assemelha-se a uma mulher grávida, que espera um filho, porém, não o vê e tem a certeza da sua existência.
Ela é o pré-requisito para se achegar a Deus, porque é impossível agradá-lo sem Fé (Hb 11:6).
3.2.   Mansidão.
Esta palavra é mais bem traduzida como serenidade, não como uma indicação de fraqueza, mas de poder e força sob controle. A pessoa que possui essa qualidade perdoa injúrias, corrige erros e governa bem seu próprio espírito (Cf. 1 Tm 6:11).
3.3.   Temperança (Domínio Próprio).
É a qualidade ou virtude de quem é moderado, ou de quem modera apetites e paixões; sobriedade. É aquela pessoa que consegue dominar seus desejos, instintos, paixões e vontades.

Conclusão
Estar cheio do Espírito nos chama tanto para o caráter quanto para a atividade cristã. O fruto do Espírito Santo deve crescer em nossas vidas da mesma forma que seus dons devem ser mostrados através de nós.
O fruto do Espírito é uma obra espontânea do Espírito Santo dentro de nós. O Espírito produz certos traços de caráter que são encontrados na natureza de Cristo. São os subprodutos do seu controle sobre a nossa vida - não conseguiremos obtê-los se tentarmos alcançá-los sem sua ajuda.
Se quisermos que o fruto do Espírito cresça em nós, devemos unir nossa vida à Dele (Jo 15:4,5). Devemos conhecê-lo, amá-lo, lembrá-lo
Fonte: Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva  


Tema: Cartas que ensinam


4º Trimestre 2012

Comentarista: Ciro Sanches Zibordi


LIÇÃO 3 – CRISTÃO PASSA POR TRIBULAÇÃO?

Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Conscientizar de que as cartas (epistolas) contem ensinos práticos, ou seja, para que vivamos em nosso cotidiano. E que a formula de nosso sucesso espiritual e material está no “caminho mais excelente” (1 Co 12:31) – o amor.

Para refletir
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém.” (2 Co 13:13 - ARC)

O anúncio maravilhoso da graça de Deus, que erra­dica a culpa, vai de encontro à intuição que todo homem tem: que um preço deve ser pago.
A graça é a resposta que vem, é a mensagem suprema da Bíblia, sua suprema revelação; é Deus mesmo quem paga, Deus mesmo pagou o preço de uma vez por todas, o preço mais caro que ele poderia pagar: a sua própria morte, em Jesus Cristo, na cruz.

Ao aceitarmos esse sacrifício estamos livres da culpa, porque Deus pagou o preço. Jesus Cristo veio "para salvar o que estava perdido" (Mt 18:11). Aquele que "sempre teve a mesma natureza de Deus... se tornou semelhante ao homem, e apareceu na semelhança humana. Ele se rebaixou, andando nos caminhos da obediência até a morte - e morte na cruz (Fp 2:6-8).

O profeta Isaías já havia vislumbrado este mistério (Is 53:2-5): "Porque foi subindo como um renovo perante ele, e como raiz duma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era despreza­do, e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por ferido de Deus, e oprimido. “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”.

Isso é viver na Graça do Senhor Jesus Cristo, no centro do amor de Deus e na comunhão co Espírito Santo.

Texto Bíblico: 2 Co 12.1-10.

Introdução
Paulo estabeleceu a Igreja em Corinto por volta de 50-51 d.C, quando passou dezoito meses lá em sua segunda viagem missionária (At 17.1-17). Ele continuou a levar a correspondência adiante e a cuidar da igreja depois de sua partida (5.9; 2 Co 12.14). Durante esse ministério de três anos em Éfeso, em sua terceira viagem missionária (At 19), ele recebeu relatórios perturbadores sobre a complacência moral existente entre os crentes de Corinto. Para remediar a situação, ele enviou uma carta à igreja (5.9-11), que depois se perdeu. Pouco depois, uma delegação enviada por Cloe, membro da igreja em Corinto fez um relato a Paulo sobre a existência das facções divisórias na igreja. Antes que pudesse escrever uma carta corretiva, chegou outra delegação de Corinto com uma carta fazendo-lhe certas perguntas (7.1; 16.17). Paulo enviou imediatamente Timóteo a Corinto (4.17). Então, ele escreveu a carta que conhecemos como 1 Corintio, esperando que a mesma chegasse a Corinto antes de Timóteo (16.10). Visto que Paulo, aparentemente, escreveu a carta próximo ao fim do seu ministério em Éfeso (16.8) ela pode ser datada cerca de 56 d.C.

2 Corintio reflete, de várias maneiras, o tratamento de Paulo com a Igreja de Corinto durante o período da fundação, por volta de 50 d.C., até a redação desta epístola, em 55 ou 56 d.C. Os vários episódios na interação entre Paulo e os coríntios podem ser resumidos conforme a seguir:

  • A visita de Fundação a Corinto durou cerca de dezoito meses. At 18.
  • Paulo escreveu um epístola anterior a 1Corintio . (1 Co 5.9)
  • Paulo escreveu 1 Corintios em Éfeso por volta de 55 d.C.
  • Uma breve porém dolorosa visita a Corinto causou “tristeza” a Paulo e à igreja (2 Co 2.1; 13.2)
  • Depois dessa dolorosa visita, Paulo escreveu um epístola severa, entregue por Tito (2 Co 2.4; 7.6-8)
  • Paulo escreveu 2 Corintios da Macedônia, durante seu caminho de volta a Corinto, em 55 ou 56 d.C.
  • A visita final de Paulo a Corinto (At 20), provavelmente, tenha ocorrido quando ele escreveu Romanos, pouco antes de voltar a Jerusalém. A visita dolorosa, que Atos não registra, e a carta severa fornecem pano de fundo imediato para a redação de 2 Corintio.


Criados para obedecer
“Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas. E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.”(Tg. 1:21;22).

A Palavra de Deus guardada em nossos corações é poderosa para nos ajudar na luta contra o pecado.
“Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti”.(Sl 119:11)

A maioria dos cristãos não se dá conta de que a Palavra de Deus em si mesma pode restaurar o homem pecador. Tiago exorta que esta Palavra é poderosa salvar as nossas almas. Claro que o mérito da salvação é de Cristo, mas a Palavra de Deus é quem conduz o homem ao conhecimento das verdades divinas.

Por ela, a Palavra de Deus somos guiados, por ela seremos julgados.
Obedecê-la é tornar-se sábio.


Nossa Leve e momentânea tribulação
"Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente”. (2 Co. 4.17)

Ninguém se lembraria de caracterizar a tribulação como “leve e momentânea”!
Quase de certeza que, se participássemos de um brainstorming sobre tribulação, surgiriam termos como “problemas”, “dificuldades”, “provações”, etc., mas nunca “leve e momentânea”.
Mas é exatamente assim que Deus quer que aprendamos a obedece-Lo.

Deus consegue dar uma conotação positiva aquilo que nós encaramos como decididamente negativo.
"Todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus"(Rm 8.28).
Há sempre a outra face da moeda. Para Deus não há impossíveis e toda a situação pode deixar de ser uma perda, para se transformar numa oportunidade. Por pior que seja o nosso presente, daí podemos sempre partir para algo melhor.
A Bíblia nos garante, as Tribulações resultam para nós na eternidade em um peso de glória excelente.


As aflições de Paulo
“E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram têm antes contribuído para o progresso do evangelho.”(Fp. 4:12)

A humildade de Paulo fica manifesta no presente texto ao se referir aos problemas graves que enfrentou de forma genérica e superficial - as coisas pelas quais passei. Um olhar desatento pode imaginar que os problemas e aflições de Paulo sejam insignificantes.

Entretanto, é importante lembrar que as dificuldades vividas pelo apóstolo foram intensas e graves, representando sério risco de morte e destruição do ponto de vista humano.
Sofreu falsas acusações (At. 21.26-28), quase foi linchado, ficou preso, esperou muito tempo até que seu caso pudesse ser examinado, foi injustamente provocado e insultado (At.24), foi marcado para morrer (At. 23.12), foi mantido preso para dar popularidade ao governante de plantão (At. 24:27), antes do naufrágio, os soldados resolveram matá-lo (At. 27.42), sobreviveu a um naufrágio, foi picado por uma cobra (At. 28.1-6).

Ter problemas, entretanto, não é a questão mais importante. Talvez por isso Paulo tenha resumido suas dificuldades com a expressão "as coisas que me aconteceram". O diferencial é que atitude tomar diante dos problemas. Paulo optou por reconhecer a soberania de Deus sobre todas as situações vividas e colocou seu sofrimento dentro de uma perspectiva correta.

Para ele, o importante é que as dificuldades contribuíram para o progresso do evangelho. 
Em vez de se lamuriar, de murmurar ou praguejar, Paulo se alegra ao perceber que é instrumento divino no crescimento do evangelho, usado segundo o propósito e forma escolhida por Deus. Não passa por dificuldades por acaso (ou descaso de Deus), mas percebe que se enquadra em um plano maior e perfeito.

No chamado de Paulo, Deus diz que o usará para falar a gentios e aos reis. Percebe-se, vários anos depois, que a oportunidade de falar aos reis vem de um modo não convencional - Paulo tem acesso à guarda pretoriana e ao rei na condição de preso! Estar preso não é honroso para ninguém, muito menos para um apóstolo. Mas o testemunho firme de Paulo contribui para dar consistência ao evangelho pregado

Pregar a Cristo com humildade e espírito de serviço, como Paulo o faz, deve ser o paradigma a ser seguido.


A graça de Deus basta
“Dar-vos-ei coração novo, e porei dentro em vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro em vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis”. (Ez 36.26-27)

“Pois se eu vier a gloriar-me não serei néscio, porque direi a verdade: mas abstenho-me para que ninguém se preocupe comigo mais do que em mim vê ou de mim ouve. E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando sou fraco, então é que sou forte.”(2 Co 12.6-10)

A passagem de Ezequiel 36 é sobre a relação de Deus com o povo de Israel. O povo de Israel teve momentos de rebelião contra Deus e agora se encontrava em exílio, passando por sofrimentos sem conta. Através do profeta Ezequiel, Deus toma a iniciativa de mudar a situação, tirando o coração recalcitrante do povo de Israel e colocando em seu lugar um coração transformado, propenso a cooperar com Deus. Na Bíblia, a palavra “carne” é usada para designar fraqueza, em oposição a força. Já neste texto, ela é usada para fazer contraste com pedra dura, fria. Ou seja, Deus promete remover a frieza de coração do povo de Israel e sustituí-lo por um coração maleável, disposto a aprender e praticar a vontade de Deus. Deus fará isso dando o seu Espírito ao povo.

O texto de 2 Coríntios 12.6-10 é uma forma de cumprimento da passagem de Ezequiel na vida de Paulo. O apóstolo nos fala de como Deus o humilhou pondo-lhe um espinho na carne, e isso depois que ele teve profundas experiências espirituais com Deus. Essas experiências deram força a Paulo, e mais autoridade para se afirmar como apóstolo de Cristo. Deus, porém, quis manter sob controle essa força e autoridade, a fim de que Paulo permanecesse sempre na dependência de Deus. E Deus continuou orientando Paulo sobre como fazer uso do seu poder. O espinho na carne era a maneira de forçar Paulo a se concentrar, não naquilo que ele, como pessoa, podia realizar, mas sim naquilo que Cristo, através de Paulo, queira realizar

Conclusão
Em 2 Coríntios 12.10, Paulo diz: "quando sou fraco, então é que sou forte". Trata-se, aí, de mera acomodação frente a uma realidade desagradável, ou, antes, com essa afirmação, Paulo proclama uma verdade profunda? Pense em algumas palavras que normalmente designam "força". Essas palavras são adequadas, à luz da afirmação de Paulo? Que, de fato, pedimos em nossas orações quando oramos para que a igreja seja forte? Pense em exemplos em que a igreja se mostra forte na fraqueza. Que significa que a graça de Deus seja suficiente para nós?

Tenho certeza que ao ponderar acerca destas coisas o Espírito Santo te guiará para que a vontade de Deus seja o centro de sua existência e assim será mais “mais que vencedor” em tudo o que fizerdes.


Fonte: Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva                                  

domingo, 14 de outubro de 2012

REFLEXÃO LINDAAA

POBRE FAMÍLIA RICA


Um menininho voltou para casa triste, depois de passar a tarde brincando na casa de um de seus amiguinhos, que era muito pobre. Aquela amizade preocupava os pais do garotinho de classe média, pois ele sempre havia tido tudo do melhor, e nunca tinha presenciado a falta de algo em casa, que fosse do mais necessário, ao mais supérfluo. Mesmo receosos com a diferença de realidade, eles permitiam que o filho se relacionasse com o amiguinho, pois viam que era uma amizade sincera e pura.
Mas naquela tarde, algo havia acontecido. O menininho se sentou no sofá da sala, e algumas lágrimas rolaram em sua face.
Os pais ficaram agitados, nervosos e preocupados. Com o olhar, o pai acusava a mãe por aquela situação, pois ele era relutante em permitir aquela amizade. Pensando as piores coisas, já estava quase a ponto de ir atrás dos pais do amiguinho do filho, para tirar satisfações e perguntar o que tinham feito para o seu filho voltar para casa chorando daquela forma.
A mãe pedia calma com um gesto, mas sentia medo de ouvir do menino que havia sido maltratado. Sentou-se ao lado do filho para consolá-lo e perguntar o que tinha acontecido.
Com a voz distorcida pelo choro, o menino contou: - É que ouvi a mãe do Henrique dizer que eles vão comer ovo frito no Natal.
Parecia que os pais tinham levado um banho de água fria. Ficaram mudos, parados, entreolhando-se, sentindo um nó na garganta.
Antes que pudessem pensar em algo para dizer ao filho, o menino emendou: - Poxa! Que sorte tem o Henrique em ser rico! Porque eles comem ovo frito quase todos os dias, e deve ser muito caro mesmo, porque nós quase nunca comemos ovo frito! E até no Natal eles vão comer ovo frito, e nós, não!
Que vergonha sentiam os pais. Tinham pensado tantas coisas ruins sobre a família do amiguinho de seu filho, quando eles é que estavam sendo ruins, limitados, e preconceituosos. Ficaram ali, encolhidos, desarmados, envergonhados, enquanto o menino chorava por aquele pensamento tão ingênuo. Mas o filho tinha razão. Não há preço que valha desfrutar do que mais se gosta de fazer, do que mais se gosta de comer, por mais simplório que pareça aos olhos dos outros.
Quão ricos eram que se fizeram tão pobres!

sábado, 13 de outubro de 2012

LIÇÃO 2



4º Trimestre 2012
Tema: Cartas que ensinam
Comentarista: Ciro Sanches Zibordi
  NÃO SEJA IGNORANTE!

Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Conhecer os dons espirituais; buscar a Deus para obte-los.

Para refletir
“Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.”(1 Co 12:1 – ARC).
Os dons espirituais, ainda que sejam diferentes uns dos outros, são todos úteis para que juntos possamos trabalhar para servir a Deus e uns aos outros. A Bíblia diz em Romanos 12:4-5 “Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função, assim nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e individualmente uns dos outros.”
Os dons espirituais vêm de Deus com um fim especial. A Bíblia diz em 1 Coríntios 12:4-6 “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.”


Texto Bíblico: 1 Co. 12:4-11.

Introdução
Todas as pessoas que creram no Senhor Jesus, se arrependeram e foram batizadas, tem o Espírito Santo habitando no seu interior. Como resultado dessa habitação existem algumas conseqüências na vida do cristão. Deus não vem morar dentro de você para ficar quieto e inerte. Ele vai operar em você e através de você para crescimento e edificação.

Deus tem um supremo propósito de nos fazer semelhante ao seu filho Jesus. Semelhantes em caráter e em poder. E tudo que Ele produz em nós é através de seu Espírito.

O Espírito que habita em nós nos faz produzir o fruto do Espírito (para o caráter) e manifestar os dons do Espírito (para o poder). Deus é quem opera tudo em todos.

Da mesma forma que existem muitos enganos quanto ao batismo nas águas e batismo no Espírito Santo, também existem muitos enganos quanto aos dons do Espírito Santo.

Dons Espirituais
Os capítulos 12,13 e 14 de 1 Coríntios devem ser lidos como uma unidade, a respeito dosdons espirituais. O capítulo 12 fala do que não devemos ignorar, portanto, fala do que devemos saber. O capítulo 13 fala da motivação que devemos ter, ou seja, o que deve me mover. O capítulo 14 fala de como devemos agir, ou seja, de como devemos fazer.

Dons e Manifestações
É importante diferenciar as palavras Dons e Manifestações. A palavra dom traz em si mesma uma coisa muito importante: ninguém merece os dons, pois são presentes, dádivas de Deus, independe de nós.

A palavra manifestação acentua que os dons se tornam visíveis nos cristãos. Esta palavra também acentua que os dons não são nossos. Eles são manifestações do Espírito Santo, através de nós. Elas nos previnem de dois erros:
1) Orgulho; e 2) Estagnação.

Os dons podem ser agrupados da seguinte forma:
  1. Dons Inspiracionais (ou dons de falar):
  2. Línguas
  3. Interpretação de Línguas
  4. Profecia
  5. Dons de Poder (ou dons de fazer):
  6. Dons de curar
  7. Operação de milagres

  1. Dons de revelação (ou dons de saber):
  2. Discernimento de Espíritos
  3. Palavra de Sabedoria
  4. Palavra de Conhecimento

Características dos Dons
Línguas:
Existem dois modos de manifestar-se:
1) Para edificação pessoal (1 Co 14:2)
2) Para edificação da Igreja, acompanhada de interpretação (1 Co 12:10; 14:27-28).
O dom de línguas só tem uma direção: o homem falando para Deus.

Interpretação de Línguas
A primeira coisa que devemos entender é que interpretar não é traduzir; interpretar é dar o significado do que foi dito.
Se falar em línguas é falar a Deus, a interpretação sempre será no mesmo sentido.

Profecia
Elas existem para edificar, exortar e consolar o povo de Deus (1 Co 14:3).
A predição do futuro não é o conteúdo principal das profecias, é apenas um elemento ocasional.

Dons de curar
É a graça de Deus para curar sobrenaturalmente as enfermidades sem os meios naturais. Não estamos negando, com isto, a validade e a eficácia da medicina.
Porque fala dons de curar no plural? Porque os males são de muitos tipos.
  1. Imposição de mãos: Mc 6:5; Lc 4:40; 13:13; At 28:8.
  2. Unção com óleo: Tg 5:14; Mc 6:13.
  3. Confissão: Tg 5:15-16; Jo 5:14.

Operação de milagres
São acontecimentos que parecem ultrapassar ou contradizer as leis da natureza. Estas leis são o modo comum e normal de Deus de fazer as coisas. Deus conserva tudo assim para nossa conveniência (Mt 15:32; At 2:38-40).

Existe a fé natural e a sobrenatural. A fé sobrenatural tem três tipos:
  1. A fé que salva: Hb 11:6; At 16:31; Ef 2:8-9; Rm 10:17.
  2. A fé como fruto do Espírito Santo: Gl 5:22; Rm 1:17.
  3. A fé como dom do Espírito Santo: 1 Co 12:9.

Discernimento de Espíritos
Este dom nos capacita a saber imediatamente o que está motivando uma pessoa ou uma situação: Ex.: At 16:16; Jo 1:47; Mt 16:15-23; Lc 9:54.

Palavra de Sabedoria
É a aplicação sobrenatural do conhecimento. É saber o que fazer com o conhecimento natural ou sobrenatural que Deus te dá, ou seja, é um julgamento adequado para a ação. A palavra de conhecimento revela a informação, mas a palavra de sabedoria diz como aplicar a informação. Ex.: Mt 21:24; 22:20-22; Jo 8:7; Mc 3:4.

Palavra de Conhecimento
Através do conhecimento, Deus revela a informação de atos, situações e pensamentos. Ex.: Mt 9:4; 2 Sm 12:7-13; Jo 4:17-18,29; At 5:3; 9:11-12,17.

O que deve nos mover
O Capítulo 13 de 1 Coríntios está bem no meio de dois capítulos que falam sobre os dons espirituais, que falam de poder sobrenatural, que enche os olhos dos que vêem. Por que este capítulo está aqui? Não estaria em lugar errado? O que dom tem haver com amor?

Notamos que Paulo termina o capítulo 12 falando que iria mostrar um "caminho sobremodo excelente" e este caminho é o amor. Lembrem-se que os dons são concedidos pela graça do Senhor para desempenharmos o nosso serviço, mas o amor é fruto do Espírito na formação do nosso caráter.

O que Paulo está deixando claro aqui é que o amor é o único meio correto de manifestar os dons. Muitos buscam os dons espirituais para sua auto-glorificação, com a motivação de chamarem a atenção sobre si. Nós não podemos buscar os dons como um meio de nos projetarmos, mas sim, com a motivação correta que é o amor para servir aos nossos semelhantes.

Os enganos com respeito aos dons
  1. A quem pertencem os dons?
  2. Nós somos os donos do dom;
  3. Os dons são do Espírito, o Espírito está em nós, logo, podemos manifestar todos os dons quando quisermos

Os dons são do Espírito Santo, e Ele concede a cada um quando lhe apraz, quando ele quer. (1 Co 12:11)

  1. Duplicidade de dons
Língua + interpretação de língua = Profecia !?
Em 1 Co 14:5, Paulo não está dizendo que as línguas quando interpretadas se tornam profecias. Ele está dizendo que estão no mesmo nível de edificação.

Confusão sobre o dom de interpretação de língua
Quem fala em línguas, fala à Deus. Como posso interpretar Deus falando ao homem? Aqui está um erro muito comum na igreja. Sempre que houver a manifestação deste dom será o homem falando a Deus, e nunca o contrário.

  1. Misticismo Infantil
Exageros na manifestação dos dons, tais como: chiados, tremores, arrepios, emocionalismo, etc.
Não é que isto não possa acontecer, o problema está em condicionarmos a manifestação dos dons a isto. (1 Co 14:27-30).

  1. Confusão sobre o dom de profecia
Voz cavernosa e na primeira pessoa (Eu o Senhor vos falo)
Palavra diretiva. Ex.: Com quem casar, para onde ir, etc.
A profecia é para edificação, exortação e consolo. Aqui está um problema grave na igreja, muitos aceitam a profecia (que deve ser julgada) independente do que a Palavra de Deus revela.

  1. Os dons substituem as autoridades delegadas
Existe um grande perigo em usarmos algumas pessoas que Deus tem manifestado dons, como se fossem videntes, futurólogos, como horóscopo evangélico. Devemos ter todo cuidado. O Senhor nos adverte em Dt 13:1-5 e em Cl 2:18-19. Deus não governa pelos dons, mas pelos ministérios (1 Co 12:28).

  1. Os dons são usados como atrativos para os incrédulos
Isto produz orgulho, auto-glorificação, exibicionismo e exaltação própria. Ex.: Dorcas (At 9:36-42). Jesus nunca usou desta forma, sempre pediu que não contassem a ninguém (Mt 8:1-4)

 Conclusão
Conselhos do Espírito Santo para sua Igreja com Respeito aos Dons Espirituais.
  • Procurar com zelo os dons - só procuramos aquilo que nos interessa e sentimos falta.
  • Como procurar? Através da: oração, jejum, vigílias, etc.
  • Procurar progredir (1 Co 14:12-13). Ex.: engatinhar, andar...
  • Com respeito ao dom de línguas (1 Co 14:27-28).
  • Com respeito ao dom de profecia (1 Co 14:29-33).
  • Com respeito à participação de todos (1 Co 14:26).
  • Faça-se tudo para edificação (1 Co 14:26) e com decência e ordem (1 Co 14:40).

Amados, "segui o amor; e procurai com zelo os dons espirituais,
mas principalmente o de profetizar"(1 Co 14:1)


Fonte: Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva