PARA FALAR CONOSCO

Entre em contato pelos emails:

mariasdeoliveira@hotmail.com
mariasantosdeoliveira13@gmail.com
marsan_oliveira@yahoo.com.br

Será um prazer atende-los.

sábado, 28 de abril de 2012

LIÇÃO 5



 PAULO- O MISSIONARIO POR EXCELÊNCIA

Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Conhecer a vida do maior missionário da historia da Igreja, conscientizando-se de que devemos como o apostolo Paulo, professar uma fé genuína e autentica em nosso Senhor Jesus Cristo.

Para refletir
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim.”(Gl 2.20 – ARC).

O cristão ao aceitar a Cristo como Senhor e Salvador de sua vida, morre para o mundo e vive para agradar a Deus.


Texto Bíblico: At 9.1-12.

Introdução
Paulo de Tarso foi um apóstolo diferente dos demais, por ter dado maior ênfase aos irmãos gentios, pois seu chamado era destinado a eles que estavam espalhados pelo mundo (Atos 13:47).

Biografia
Segundo rege a tradição, Paulo nasceu em Tarso, na Cilícia, que atualmente pertence à Turquia, numa família judaica da Diáspora (dispersão) época em que  já havia uma diáspora de judeus que viviam espalhados pelo mundo, sobretudo na Pérsia, mas também em torno do mediterrâneo, em Alexandria e no norte de África, na Turquia, Grécia e outras partes do Império Romano, incluindo a atual Espanha.

Nasceu numa data desconhecida mas "sem dúvida antes do ano 10 da nossa era". Seu pai, em circunstâncias que se desconhece, adquiriu a cidadania romana mantendo a fé judaica, educou-o na tradição judaica. Durante toda sua vida sua cidadania romana foi um meio de proteção física. Como ele próprio diz, foi circuncidado ao oitavo dia e mantém-se sempre na lei mosaica. Diz-se mesmo um Fariseu. A sua formação primária foi feita numa escola de cultura grega, como atestam as suas cartas. Mas recebeu também o ensino por parte de Gamaliel.

Educado em duas culturas (grega e judaica), Paulo fez muito pela difusão do Cristianismo entre os gentios e é considerado uma das principais fontes da doutrina da Igreja. As suas Epístolas formam uma secção fundamental do Novo Testamento. Alguns afirmam que ele foi quem verdadeiramente transformou o cristianismo numa nova religião, e não mais uma seita do Judaísmo.

Após sua conversão no caminho de Damasco, Paulo começou, na sinagoga de Damasco, a dar testemunho de sua fé recém-encontrada. O tema de sua mensagem concernente a Jesus era: “Este é o Filho de Deus” (At 9:20). Mas Paulo tinha de aprender amargas lições antes que pudesse apresentar-se como líder cristão confiável e eficiente. Descobriu que as pessoas não se esquecem com facilidade; os erros do homem podem persegui-lo por um longo tempo, mesmo depois que ele os tenha abandonado. Muitos dos discípulos suspeitavam de Paulo, e seus ex-companheiros de perseguições o odiavam. Ele pregou por breve tempo em Damasco, foi-se para a Arábia e depois voltou para Damasco.

A segunda tentativa de Paulo de pregar em Damasco igualmente não teve bom resultado. Um ano ou dois haviam decorrido desde a sua conversão, mas os judeus se lembravam de como ele havia desertado de sua primeira missão em Damasco. O ódio contra ele inflamou-se de novo e “deliberaram entre si tirar-lhe a vida” (At 9:23). A dramática história da fuga de Paulo por sobre a muralha, num cesto, tem prendido a imaginação de muitos.

Os dias de preparação de Paulo não estavam terminados. O relato que ele faz aos gálatas continua, dizendo: “Decorridos três anos, então subi a Jerusalém. . .“ (Gl1:18). Ali ele encontrou a mesma hostilrecepção que teve em Damasco. Uma vez mais foi obrigado a fugir.
Paulo desapareceu por alguns anos. Esses anos que ele passou escondido deram-lhe convicções amadurecidas e estatura espiritual de que ele necessitaria em seu ministério.

Em Antioquia, os gentios estavam sendo convertidos a Cristo. A Igreja em Jerusalém teve de decidir como cuidar desses novos crentes. Foi então que Barnabé se lembrou de Paulo e se dirigiu a Tarso à sua procura (At 11:25). Barnabé já tinha sido instrumento na apresentação de Paulo em Jerusalém, num esforço por afastar suspeita contra ele.
A esses dois homens foi confiada a tarefa de levar socorro à Judéia onde os seguidores de Jesus estavam passando fome. Quando Barnabé e Paulo voltaram a Antioquia, missão cumprida, trouxeram consigo o jovem João, apelidado Marcos, sobrinho de Barnabé (At 12:25).
urante 16 anos , após sua conversão, ele pregou no vale do Jordão, na Síria e na Cilícia. Foi especialmente perseguido pelos judeus, que o consideravam um grande traidor.
Fez quatro grandes viagens missionárias: 1ª Viagem (46-48 D.C.), 2ª Viagem (49-52 D.C.), 3ª Viagem (53-57 D.C.), 4ª Viagem (59-62 D.C.), sendo que na última foi à Roma como prisioneiro, para ser julgado, e nunca mais retornou para a Judéia.

Certamente escreveu inúmeras cartas, mas somente 14 destas chegaram até nós, chamadas de Epístolas Paulinas, que são:
  •   Epístola aos Romanos;
  •  1ª e a 2ª aos Coríntios;
  • Aos Gálatas; aos Efésios,Aos Filipenses Aos Colossenses;
  • 1ª e a 2ª aos Tessalonicenses;
  • 1ª e 2ª a Timóteo;
  • A Tito;A Filemon e


Através de suas cartas, Paulo transmitiu às comunidades cristãs e aos seus discípulos uma fé fervorosa em Jesus Cristo, na sua morte e ressurreição. A esta fé soma-se um fator fundamental: o seu temperamento, que era passional, enérgico, ativo, corajoso e zeloso pela causa do Evangelho de Jesus Cristo.

O Novo Testamento não nos fala da morte de Paulo. Muitos estudiosos modernos crêem que César libertou o apóstolo, e que ele empenhou-se em mais trabalho missionário antes de ser preso pela segunda vez e executado

No ano de 64 D.C., foi morto pelas Legiões Romanas, nas perseguições aos Cristãos instauradas por Nero, depois do grande incêndio de Roma.


Conclusão
O apóstolo Paulo foi um grande instrumento de Deus para a difusão do evangelho no primeiro século do cristianismo. Nós olhamos para São Paulo hoje também como grande apóstolo, grande discípulo e missionário de Jesus Cristo que tem muito a nos ensinar.

Aprendamos com ele, a sermos autênticos divulgadores da Palavra de Deus, zelosos de Sua Igreja, trabalhadores incansáveis em prol do Reino de Deus.


Fonte: Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva

sábado, 21 de abril de 2012

LIÇÃO 4


 VAMOS CONVERSAR SOBRE MISSÕES

Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Conscientizar-se do dever que temos como Igreja de dar prosseguimento ao Ide de Jesus, levando o Evangelho à outros povos.
Para refletir
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.”(Mc 16.15,16 – ARC).

A proclamação do Evangelho deve estender-se a todas as nações do mundo. Toda a Igreja deve reconhecer sua lealdade ao Senhor Jesus, obedecendo a grande comissão.

Texto Bíblico: At 2.37-43; 47b.

Introdução
Desde os mais remotos tempos, a Bíblia tem sempre declarado a ênfase dada por Deus na busca de obreiros para sua seara. Vemos a preocupação de Deus em buscar maneiras de comunicar a sua graça ao homem. Depois do nascimento de Enos, filho de Sete, começou-se a invocar o nome do Senhor (Gn 4.26). No meio de uma geração corrupta ante ao dilúvio, Noé achou graça aos olhos do Senhor (Gn 6.8). Dentre toda a idolatria em Ur dos Caldeus, Deus escolheu Abraão e fez dele uma grande nação (Gn 12.1,2). Durante a escravatura do Egito, Deus levantou Moisés para libertar seu povo, com o qual falava cara a cara (Ex 3.10; 33.11). Muitos profetas ouviram o chamado, o ide (Is 6.8; Jr 1.5-7; Ez 1.1).

Depois de 400 anos de silêncio para com Israel, surge uma voz clamando nos desertos da Judéia, chamando o povo ao arrependimento (Jo 1.23). O maior dos profetas nascidos de mulher, João Batista, preparou o povo para receber aquele que batizaria com Espírito Santo e com fogo. Vindo, portanto, a plenitude dos tempos, Jesus nasceu, morreu, ressuscitou, manifestou-se e ascendeu aos céus, segundo as Escrituras. Entretanto, deixou uma comissão importante à Igreja (Mt 28.19; Mc 16.15).

A grande comissão
As Escrituras esclarecem que não existe outra agência responsável de enviar e suportar missionários senão a Igreja, noiva e corpo de Cristo. A prova plena vê-se no Livro de Atos dos Apóstolos: Deus falava à Igreja, os missionários eram consagrados pela Igreja, enviados pela Igreja, suportados espiritual e financeiramente pela Igreja (At 13.2).

O significado bíblico principal de Missões se encontra em Mateus 28.19-20:
Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que vos tenho mandado...”.

Somente com esta expressão pronunciada por Jesus podemos entender que Missões significa ensinar às nações as verdades inseridas e constatadas no Livro dos livros. Missões é pregar, anunciar o Evangelho a todos os povos, nações e línguas (Mc 16.15); significa dar testemunho das maravilhas que Deus faz (At 1.8); significa arrebatar as almas do fogo (Jd 1.23).

Biblicamente, as Missões não estão restritas ao supracitado, mas vão além do que a nossa mente e coração possam alcançar. Alguns dos motivos que tem impulsionado a milhares a cumprirem esta Grande Comissão durante os séculos, são:
  • A responsabilidade do ide de Jesus
  • A visão de que o mundo está perdido
  • A consciência que só Jesus é o meio de salvação
  • A compaixão profunda pelas almas que perecem

Membros, aderentes, novos convertidos, homens e mulheres, escravos e livres eram consumidos por aquilo que faziam, inteiramente dedicados às suas tarefas, envolvidos plenamente pela visão ampla da obra de Deus. As divergências culturais, as perseguições terríveis, as prisões, os tiranos obstinados não conseguiram tirar-lhes a determinação e dedicação de fazer a obra missionária. Não eram obstinados pela fama, pois esta é humana e passageira; eram apaixonados pelo engrandecimento do Reino de Deus e a glorificação do nome de Jesus Cristo.

Para ser um missionário, deve-se ter primeiro uma chamada; não é questão de escolha, mas de vocação divina. A única escolha é obedecer. Vejamos alguns missionários que passamos a relatar, foram testemunhas fiéis da verdadeira chamada de Deus em suas vidas.
 
  1. William CareyPai das Missões Modernas (1761-1834).
                                                                                                             by Vania DaSilva

Na sua pequena oficina pendurou um mapa mundial feito pelas suas próprias mãos. Neste mapa, ele incluíra todas as informações disponíveis: população, flora, fauna, características dos indígenas, etc. Enquanto trabalhava, olhava para ele, orava, sonhava e agia! Foi assim que sentiu mais e mais a chamada de Deus em sua vida. A denominação que Carey pertencia achava-se em grande decadência espiritual. Quando quis introduzir o assunto de missões numa sessão de ministros, foi repreendido pelo veneravél presidente John Ryland, que lhe disse: "Jovem assente-se. Quando Deus resolver converter os pagãos, fa-lo-á sem a sua e a minha ajuda." Mas Carey continuou a sua propaganda pró-missões estrangeiras, e tomando Isaías 54.2 como texto, pregava sobre o tema: "Esperai grandes coisas de Deus; praticai proezas para Deus."

Sua Chamada
O resultado foi que um grupo de doze pastores batistas, reunidos na casa da Ir. Wallis, formaram a Sociedade Missionária Batista, no dia 2 de Outubro de 1792. Carey se ofereceu para ser o primeiro missionário. Através do testemunho do Dr. Thomas, um missionário e médico que trabalhou por vários anos em Bengali, na Índia, William Carey recebeu confirmação de sua chamada no dia 10 de Janeiro de 1793.

Apesar de Carey ter certeza de sua chamada, sua esposa recusou deixar a Inglaterra. Isto muito doeu em seu coração. Foi decidido, no entanto, que seu filho mais velho, Felix, o acompanharia à India. Além deste fator, outro problema que parecia insolúvel, era a proibição de qualquer missionário na Índia. Sob tais circunstâncias era inútil pedir licença para entrar, mas mesmo assim, conseguiram embarcar sem o documento no dia 4 de Abril de 1793. Ao esperar na ilha de Wight por outro navio que os levaria à Índia, o comandante recusou levá-los sem a permissão necessária. Com lágrimas nos olhos e o coração apertado, William Carey, viu o navio partir e ele ficar. Sua jornada missionária para Índia parecia terminar ali. Porém, Deus tinha todas as coisas sobre controle.
Ao regressar à Londres, a sociedade missionária conseguiu granjear dinheiro e comprar as passagens em um navio dinamarquês. Uma vez mais, Carey rogou à sua esposa que o acompanhasse. Ela ainda persestia na recusa e ao despedir-se pela segunda vez disse: "Se eu possuisse o mundo inteiro, daria alegremente tudo pelo privilégio de levar-te e os nossos filhos comigo; mas o sentido do meu dever sobrepuja todas as outras considerações. Não posso voltar para trás sem incorrer em culpa a minha alma."

Ao se preparar para partir, um dos amigos que iria viajar com Carey, Dr. Thomas, voltou e conversou com Dorothy, esposa de William Carey, e milagrosamente ela decidiu acompanhá-lo. Que alegria não foi para ele ver sua esposa e filhos com as malas prontas a lhe acompanhar. Agora ele compreendia a razão de não ter viajado no primeiro navio.

Sua Partida Para Índia
Deus comoveu o coração do comandante do navio que permitiu a toda família viajar sem pagar as passagens. Finalmente, no dia 13 de Junho de 1793, a bordo do navio Kron Princesa Maria, William Carey deixou a Inglaterra e nunca mais voltou, partindo para a Índia com sua família, onde, em condições dificílimas e de oposição, trabalhou durante 41 anos. Durante sua viagem, aprendeu suficiente o Bengali, e ao desembarcar, já comunicava com o povo.

William Carey não foi dotado de inteligência superior e nem de qualquer dom que deslumbrasse os homens. Entretanto, em seu caráter de persistir, com espírito indômito e inconquistável, até completar tudo quanto inciava, é que vemos o segredo do maravilhoso êxito da sua vida. Apesar de não haver recebido educação em sua mocidade, Carey chegou a ser um dos homens mais eruditos do mundo, no que diz respeito à lingua sânscrito e a outras línguas orientais. Suas gramáticas e dicionários são usados ainda hoje.

Suas Conquistas
Dois missionários se juntaram à William Carey em 1799, William Ward e Joshua Marshman. Juntos eles fundaram 26 igrejas, 126 escolas com 10.000 alunos, traduziram as Escrituras em 44 línguas, produziram gramáticas e dicionários, organizaram a primeira missão médica na Índia, seminários, escola para meninas, e o jornal na língua Bengali. Além disso, William Carey foi responsável pela erradicação do costume "suttee", o qual queimava a viúva juntamente com o corpo do difunto numa fogueira; vários experimentos agriculturais; fundação da Sociedade de Agricultura e Horticultura na Índia em 1820; primeira imprensa, fábrica de papel e motor à vapor na Índia; e a tradução da Bíblia em Sânscrito, Bengali, Marati, Telegu e nos idiomas dos Siques. Em 1800, William Carey fez o batismo do primeiro hindu convertido ao Evangelho.

Calcula-se que William Carey traduziu a Bíblia para a terça parte dos habitantes do mundo. Alguns missionários, em 1855, ao apresentarem o Evangelho no Afeganistão, acharam que a única versão que esse povo entendia era o Pushtoo, feita em Sarampore por Carey.

Durante mais de trinta anos, William Carey foi professor de línguas orientais no Colégio de Fort Williams. Fundou, também, o Serampore College para ensinar os obreiros. Sob a sua direção, o colégio prosperou, preenchendo um grande vácuo na evangelização do país. Os seus esforços, inspiraram a fundação de outras missões, dentre elas: a Associação Missionária de Londres, em 1795; a Associação Missionária da Holanda, em 1797; a Associação Missionária Americana, em 1810; e a União Missionária Batista Americana, em 1814.

O Adeus da Índia
Na manhã de 9 de Junho de 1834, a Índia disse adeus ao grande Pai das Missões, e os Céus disseram bem-vindo a um servo fiel! Carey morreu com 73 anos, respeitado por todo o mundo, como o pai de um grande movimento missionário. Quando chegou à Índia, os ingleses negaram-lhe permissão para desembarcar. Ao morrer, porém, o governo mandou içar as bandeiras a meia haste em honra de um herói que fizera mais para a Índia do que todos os generais britânicos. Grande foi a contribuição de William Carey para o Reino de Deus, e grande será o seu galardão.



  1. Gunnar Vingren -  Pioneiro da Obra Pentecostal no Brasil, 1879-1933.
by Manuela Barros

Introdução
Nasceu no dia 8 de agosto de 1897, na cidade de Ostra Husby, Suécia. Seu pai era jardineiro, profissão que Vingren seguiu até os 19 anos. Foi criado num genuíno lar cristão. Logo aos 18 anos tornou-se sucessor de seu pai na Escola Dominical; naquele mesmo ano, o Senhor falou claro ao seu coração de que ele seria um missionário.
Seu Preparo
Em 1898, Vingren teve oportunidade de participar de uma Escola Bíblica; ao final daquele mês de estudos, começou já o trabalho missionário no interior de seu país. Em 1903, viajou para os Estados Unidos, e logo ingressou num Seminário Teológico Batista em Chicago. Em 1909, Deus o encheu de uma grande sede de buscar o batismo no Espírito Santo o que não tardou a receber. Ao pregar esta verdade à igreja que pastoreava, começaram os problemas; a igreja se dividiu entre os que criam e os que não criam em sua pregação. Dirigiu-se, então, para South Bend, Indiana, onde a igreja recebeu com gozo as Boas Novas e se tornou uma igreja pentecostal com 20 batizados no Espírito Santo no primeiro verão.

Sua Chamada Para o Brasil
Numa reunião de oração, um dos irmãos presentes foi revelado que Gunnar Vingren serviria ao Senhor no Pará, que mais tarde ele descobriu que era um estado no norte do Brasil. Numa outra reunião como aquela, seu futuro companheiro, Daniel Berg, que conhecera numa conferência em Chicago, foi chamado para acompanhá-lo ao Brasil. Depois disto, não demorou muito para que a ida ao campo se tornasse uma realidade. Seus últimos dias na América foram de provas, atestando de que Deus é quem os chamava para a obra. Finalmente, partiram do porto de Nova Iorque com destino a Belém do Pará no dia 5 de novembro de 1910.

Adaptação ao Campo
No dia 19 de novembro desembarcaram em terras brasileiras. Com certa dificuldade, sobretudo porque não falavam a língua nativa, chegaram até a casa de um pastor batista que lhes ofereceu hospedagem, um corredor escuro no porão da casa e sem janelas. Para aprenderem o português, Daniel trabalhava numa fundição durante o dia, enquanto Gunnar estudava, e à noite, então, ele compartilhava o que tinha aprendido. Apesarda pobreza, da simplicidade da alimentação, das doenças, calor e mosquitos, a chama do Evangelho os enchiam cada vez mais de gozo, atenuando assim o sofrimento.

Primeira Assembléia de Deus
Depois de seis meses, Vingren foi convidado para dirigir um culto de oração. Sem receio, ensinou-os acerca das operações do Espírito Santo e da cura divina. Durante aquela semana,nas reuniões de oração nos lares, o Senhor curou a senhora Celina Albuquerque de uma doença incurável e dias depois a batizou com Espírito Santo e com fogo, sendo então a primeira pessoa brasileira a receber a promessa. Na semana seguinte, o pastor da igreja entrou de surpresa num daqueles cultos; depois de declarar várias acusações, insinuando que eles ensinavam falsas doutrinas, provocou uma divisão na igreja que findou na exclusão dos missionários e mais dezoito membros que os apoiaram testificando a verdade. Então, em 18 de junho de 1911 estes formaram a primeira Assembléia de Deus.

Avanço da Obra
O trabalho missionário não se reteve, avançando de cidade em cidade, onde o Evangelho era pregado e os sinais os seguiam. Sofriam muitas perseguições, sobretudo pelos católicos que eram ensinados que a Bíblia dos protestantes era falsa e se lida os levaria ao inferno; que Maria e os santos são intercessores junto a Jesus; que aqueles que não seguissem o catolicismo iriam para o inferno, e outros. Apesar das dificuldades, onde passavam, o Senhor curava, salvava, batizava com o Espírito Santo e manifestava seu poder por seus dons, sinais e maravilhas. Desta forma, a quantidade de crentes crescia a cada dia. Contemplavam, também, o fim daqueles que se levantavam contra a obra, pois era o próprio Deus quem lhes dava a recompensa. Nos primeiros quatro anos de trabalho foram 384 pessoas batizadas nas águas e 276 no Espírito Santo, na igreja de Belém do Pará.

Depois de cinco anos em terras brasileiras, Vingren foi à Suécia, onde por três meses pôde compartilhar as maravilhas que Deus operara no Brasil. Pouco antes de seu regresso, encontrou-se com uma irmã enfermeira chamada Frida Strandberg que também tinha chamada para o Brasil. Mais tarde eles se casaram em Belém do Pará.

No desejo de que todo o Brasil recebesse a mensagem, foram enviados missionários a Alagoas, Pernambuco, e ele com sua família foram para o sul, iniciando no Rio de Janeiro, depois Santa Catarina e outras cidades no estado de São Paulo. Após outra série de viagens, voltou alguns anos depois para residir permanentemente no Rio de Janeiro. Assim como no Pará, a obra pentecostal no Rio de Janeiro crescia exponencialmente. Vingren participava ali na edição do jornal “Mensageiros da Paz”, além de seu trabalho como pastor e evangelista.

De 5 à 10 de setembro de 1930 houve uma importante Conferência Nacional dos obreiros pentecostais em Natal. A principal decisão foi de que a obra missionária na região norte estaria sendo dirigida exclusivamente por obreiros nacionais. Os anos seguintes foram de grande expansão da obra, sobretudo no Rio de Janeiro.

No dia 15 de agosto de 1932, o pastor Gunnar Vingren e sua família despediam-se da igreja do Rio de Janeiro e do Brasil de volta à Suécia.

Seus Últimos Dias
Já nos últimos anos que viveu no Brasil, Gunnar Vingren vinha tendo alguns problemas de saúde que pioraram bastante depois de chegar à Suécia. No dia 29 de junho de 1933 ele entrou no descanso eterno, mostrando através de suas palavras, o grande amor que tinha pelos irmãos brasileiros. Sua partida, descrita detalhadamente numa carta enviada por sua esposa ao Brasil, foi uma linda experiência para a família, que sentia claramente a glória de Deus; e sem dúvida para o servo do Senhor, Gunnar Vingren que, sentindo grande gozo e alegria foi recebido na eternidade.


  1. Daniel Berg: Pioneiro da Obra Pentecostal no Brasil, 1884-1963.
by Manuela Barros

Introdução
Daniel Berg nasceu em Vargon, na Suécia, num lar genuinamente cristão. Logo aos 17 anos, fez sua primeira viagem para os Estados Unidos, em 1902; isto porque a Suécia passava por uma crise financeira muito séria. Ao final de oito anos voltou de passagem à Suécia.

Nesta ocasião ao visitar a casa de seu melhor amigo, soube que ele era agora um pregador do Evangelho numa cidade próxima. Ao visitá-lo, em sua igreja, ouviu pela primeira vez sobre o batismo no Espírito Santo. Depois do culto, conversaram bastante sobre esta doutrina o que fez com que Daniel Berg saísse dalí convicto, e buscando o seu batismo no Espírito Santo. Ainda no caminho de volta para a América ele recebeu o bastismo e decidiu-se definitivamente em dedicar sua vida ao Senhor.
 
Sua Chamada
Durante uma conferência em Chicago, ele conheceu seu futuro companheiro nas missões, o sueco Gunnar Vingren, que estava recém formado num Instituto Bíblico e desejoso de ser um missionário. Ambos, cheios do poder pentecostal, passaram a buscar do Senhor o seu direcionamento para suas vidas. Certo dia, o dono da casa que Gunnar Vingren morava teve um sonho e tinha visto o nome Pará e foi-lhe revelado que seria uma orientação para aqueles jovens. Logo descobriram que Deus os chamava para o Brasil. Apesar do pouco entusiasmo da igreja, e de nenhuma promessa de ajuda financeira, ambos foram separados para serem missionários no Brasil, cheios de convicção da parte de Deus.

A última e grande confirmação da parte de Deus, foi quando o Senhor pediu a Vingren que desse 90 dólares, exatamente o valor que eles tinham para a viagem, para um jornal pentecostal. Eles, em obediência, o fizeram. Porém, extraordinariamente o Senhor os devolveu o exato montante, usando um irmão em outra cidade, que foi revelado por Deus para tal. Berg e Vingren partiram para o Brasil no dia 5 de Novembro de 1910. Durante a viagem, eles já puderam experimentar um pouquinho o que seria o seu campo, e alí mesmo se converteu a primeira alma para Jesus, desde que eles foram separados como missionários. Então, no dia 19 do mesmo mês chegaram à cidade de Belém do Pará.

Sua Chegada ao Brasil
Sua primeira hospedagem foi no porão de uma Igreja Batista, cujo pastor era americano. Logo começaram a dirigir cultos, para ajudar aquele pastor, e sempre que sentiam de falar sobre a manifestação do Espírito Santo para aqueles dias, o faziam sem constrangimento. Mesmo sendo um assunto novo para aqueles irmãos, eles se interessavam cada vez mais, o que decorreu no grande aumento da assiduidade nos cultos e constantes visitas aos missionários. Enquanto isso, Berg começou a trabalhar na fundição, para sustentá-los, enquanto Vingren estudava português para ensiná-lo à noite.

Primeira Assembléia de Deus
A pobreza e principalmente a doença era uma constante naquele lugar, sobretudo a lepra e a febre amarela. Com isso, os irmãos frequentavam cada ves mais o porão onde viviam Berg e Vigren, à busca de oração e conhecimento da Palavra. Alí o Senhor começou a batizar com o Espírito Santo e curar muitos enfermos. Num daqueles cultos improvisados, entrou de surpresa o pastor da igreja, que foi cordialmente convidado a participar do culto. Recusando o convite, passou a declarar uma série de acusações com relação às falsas doutrinas ensinadas pelos missionários, esperava contar com o apoio dos que ali estavam, mais pelo contrário, um diácono, dos membros mais antigos, se levantou e defendeu com testemunhos reais de que o batismo no Espírito Santo e a cura divina é para a atualidade. Neste dia então, Berg, Vingren e mais 18 irmãos foram expulsos daquela igreja e formaram a primeira Assembléia de Deus, que a princípio se reunia na casa da irmã Celina Albuquerque, a primeira crente batizada no Espírito Santo em terras brasileiras.

Logo depois começou a circular pela cidade um panfleto, da parte daquele pastor batista, alertando a população contra os ensinamentos dos missionários, citando inclusive as passagens bíblicas por eles usadas.O que parecia prejudicial, tornou-se num grande impulso para propagação das verdades bíblicas, pois aqueles que os liam, ao conferir com as escrituras, passavam a crer e buscavam a igreja, que crescia exponencialmente. Dias depois, chega a primeira remessa de Bíblias e Novos Testamentos em português, o que leva Daniel Berg a se dedicar exclusivamente à venda das literaturas e pregação do Evangelho.
 
Avançando Para o Interior do Brasil
Quando a Palavra de Deus já havia sido distribuída em toda Belém, Berg sentiu de Deus em ir rumo a Bragança e fazer na marcha para o interior o mesmo trabalho, para o qual era vocacionado. A tarefa não era fácil; os dois maiores inimigos eram o analfabetismo e o catolicismo herdado da colonização portuguesa. Naqueles pequenos vilarejos, o padre era a maior autoridade e todos os moradores já haviam sido advertidos quanto à pregação de Daniel Berg, e temiam a leitura da Bíblia, pois a igreja os proibia.

Vencendo os Obstáculos
Apesar disto, o jovem continuava a bater nas portas, a ler trechos bíblicos e orar pelos enfermos. As portas se abriam aos poucos e o Senhor operava sempre. Em pouco tempo já haviam vinte novas igrejas entre Belém e Bragança. O próximo passo foi a caminho das selvas. O contato inicial foi difícil e a primeira família se converteu num velório quando Daniel leu sobre a ressurreição para o pai e os filhos ao lado do corpo da mãe. Estes se tornaram evangelistas e contribuíram para a formação de uma grande igreja alí. Sofreram fortes perseguições por parte dos policiais, pois o delegado estava comprometido politicamente com a igreja católica. Mas claro que por fim o nome do Senhor era glorificado pelas vitórias dos crentes. Berg só saiu dalí quando a igreja já havia amadurecido e caminhava por seus próprios pés.

Seus Últimos Dias
O passo decorrente foi sua chegada às ilhas; nesta altura os maiores inimigos eram os naturais. A travessia em barcos precários, tornava o acesso muito perigoso, pois além da embarcação, haviam as piranhas e os jacarés. As grandes distâncias, as horas perdidas e o esforço com os remos, junto ao grande aumento do trabalho, tornou-o quase impossível. Após um acidente sofrido por Daniel, numa daquelas pequenas embarcações, sentiu de Deus de comprar um grande barco a velas, o que fez com a ajuda da igreja de Belém. Com o barco "Boas Novas" o atendimento era mais proveitoso e em maior extensão.
Daniel Berg passou para o Senhor em 1963, e mesmo enfermo num hospital, saía de um a outra enfermaria entregando literatura e orando pelos que se entregavam.


JANELA 10/40


Janela 10/40 é uma faixa da terra que se estende do Oeste da África, passa pelo Oriente Médio e vai até a Ásia. A partir da linha do equador, subindo forma um retângulo entre os graus 10 e 40. A esse retângulo denomina-se JANELA 10/40. Calcula-se que até hoje menos da metade da população mundial com as suas etnias e línguas tenham sido confrontadas com o evangelho.

A outra parte, com sua maioria absoluta na Janela 10/40, representa uma grande multidão de cerca de 3,2 bilhões de pessoas que ainda são objetos dos empreendimentos missionários do povo de Deus.

Os países com as maiores populações não cristãs são: CHINA, ÍNDIA, INDONÉSIA, JAPÃO, BANGLADESH, PAQUISTÃO, NIGÉRIA, TURQUIA e IRÃ, todos na Janela 10/40.
Devido a estes fatos, torna-se primordial para nós, cristãos, neste novo milênio, focalizar nossos recursos, sejam espirituais, financeiros ou sociais, sobre o necessitado povo que vive na Janela 10/40.

Se desejamos mudar este quadro, devemos considerar alguns fatos de muita importância:
  • O significado Bíblico e histórico 
  • O domínio do Islamismo, do Hinduismo e do Budismo 
  • A pobreza acentuada  A diversidade de línguas e culturas  
  • A concentração de seitas diabólicas

Países que formam a Janela 10/40 ORIENTE MÉDIO – 21 PAÍSES
Ø  Arábia Saudita, Argélia, Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Iraque, Israel, Palestina, Jordânia, Kuweit, Líbano, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Omã, Síria, Sudão, Tunísia e Turquia.ÁFRICA – 12 PAÍSES
Ø   Benin, Burkina, Cabo Verde, Chade, Djibuti, Etiópia, Gâmbia, Guiné, Guiné-Bissau, Mali, Níger e Senegal.ÁSIA – 21 PAÍSES
Ø  Afeganistão, Bangladesh, Barein, Butão, Camboja, China, Coréia do Sul, Coréia do Norte, Filipinas, Índia, Japão, Laos, Malásia, Maldivas, Mongólia, Nepal, Paquistão, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan (Formosa) e Vietnã.EURÁSIA – 3 PAÍSES
Ø  Cazaquistão, Turcomênia e Tadjiquistão.EUROPA – 4 PAÍSES
Ø  Albânia, Chipre, Gibraltar e Grécia.

Nem todos os crentes sabem que no mundo ainda há povos completamente ignorantes da existência de Jesus Cristo e seu plano redentor. Poucos se importam em saber que hoje no oriente há cristãos presos e sendo torturados por causa de sua fé. Quantos têm um programa intensivo de oração pelos povos não alcançados pelo evangelho? Saber que há povos cometendo suicídios e guerras, por falta de esperança ou fanatismo, não é um assunto que interessa a todos os cristãos.

Os cristãos no mundo estão direcionando apenas 1,2% do seu fundo missionário e de seus missionários estrangeiros para bilhões de pessoas que vivem no mundo evangelizado.
No mundo ainda há dezenas de país com suas portas total ou parcialmente fechadas à entrada de missionários.

Há 28 países muçulmanos (sem incluir seis da antiga união soviética), 7 nações budistas, 3 Marxistas e 2 países hindus, formando o maior aglomerado de povos não alcançados.

Porque evangelizar os povos da Janela 10/40
Porque ali vive o maior número de povos não alcançados pelo evangelho. Cobre 1/3 total do planeta e representa 2/3 da população do mundo. São cerca de 3,2 bilhões de - pessoas em 61 países. - Porque ali está a maioria dos seguidores das 3 maiores religiões do mundo: Islamismo, Budismo e Hinduismo. - Porque de cada 10 pobres na terra, 8 estão nessa região. - Porque dos 50 países menos evangelizados do mundo 37 estão nessa área. - Porque as maiores Capitais do mundo estão nessa região. De acordo com os missiólogos, há diversidades no número de povos não alcançados pelo evangelho hoje. Para Ralph Winter, há 17 mil povos não alcançados e 12 mil línguas. David Barrete declara que são 11 mil o número total de povos não alcançados. Bob Waymire também arrola 11 mil povos diferentes no mundo. Patrick Johnstone avalia em 12.017 o total de povos não alcançados em todo o mundo. Subtraindo desse número os povos entre os quais há cristãos, missionários de fora e autóctones, restam apenas 1.200 povos a serem alcançados. Em sua perspectiva, 99% da população do mundo serão cobertos, inteiramente, com a mensagem do evangelho se ela for transmitida, no máximo, entre 400 e 500 línguas diferentes. Então concluímos que missões, ainda não é um assunto sério para muitas igrejas. Enquanto templos são enfeitados e grande parte do tempo é utilizada para inúmeros programas, missões é ocasional, ainda não é assunto íntimo. O Mundo dos povos não alcançados Segundo alguns estudiosos, temos aqui algumas estatísticas:

Cada hora 10700 crianças nascem e morrem sem escutar as Boas Novas em países da Janela 10/40; - Cada hora de esforço missionário resulta em 9.800 pessoas escutando o evangelho pela primeira vez; - O resultado é a redução no mundo não evangelizado de 500 pessoas a cada hora, ou pouco mais que 4 milhões de pessoas por ano. - 9 em cada 10 países mais pobres do mundo estão na África e 8 destes são parte do mundo menos evangelizado. (Fonte: Senami)

Conclusão
Amado (a) ao elaborei esse comentário, procurei colocar as três biografias e também informações acerca da Janela 10/40 para que lhe dar maior subsidio para despertar em seus alunos (as) a conscientização acerca do dever de cumprirmos o IDE de Jesus, e também a necessidade que há de muitos povos em conhecer ao Senhor Jesus como Salvador.

Ore, e peça ao Espírito Santo que lhe auxilie, concedendo a unção e a autoridade que precisam. 

Fonte:Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva

sábado, 14 de abril de 2012

LIÇÃO 3 - ADOLESCENTES


 MINHA MISSÃO NO MUNDO



VAMOS CONVERSAR SOBRE EVANGELISMO

Objetivo
Conscientizar-se da responsabilidade que todos nós, como Igreja de Cristo, temos de evangelizar; Despertando-lhes o desejo de praticar essa missão.

 Para refletir
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.”(At 1:8 – ARC).
 Para os cristãos, proclamar a Boa Nova da ressurreição de Cristo não é falar de uma doutrina que deve ser decorada ou de qualquer aspecto sapiencial para ser meditado. Acima de qualquer outra coisa, evangelizar significa ser testemunha de uma transformação que ocorre dentro do ser humano: pelo sacrificio vicário e a ressurreição de Cristo.
Evangelizar não significa portanto, simplesmente falar de Jesus a alguém, mas, a um nível muito mais profundo, fazer com que essa pessoa perceba o valor que tem para Deus. Evangelizar é comunicar estas palavras de Deus

 Texto Bíblico: Ez. 3:16-21.

Introdução
Os discípulos foram convidados por Jesus para segui-lo, e todos que estavam atentos à evangelização de Jesus, aprenderam o que dizer e como dizer, pois eles testemunharam tudo o que Jesus fez e ensinou.
"E Jesus, andando ao longo do mar da Galiléia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, os quais lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores. Disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Eles, pois, deixando imediatamente as redes, o seguiram"(Mt. 4:18-20).

Nós também fomos convidados por Jesus no momento em que ouvimos pela primeira vez à pregação do Evangelho, e começamos a segui-lo no momento em que nos convertemos. Agora, nós devemos continuar a ouvi-lo, estudando a Bíblia para que possamos também, quando estivermos prontos, sermos enviados pelo Senhor para anunciarmos as Boas Novas do Reino dos Céus.


O que é Evangelizar?
Evangelizar, é quando sem reservas, decidimos dar o testemunho, comunicando e expressando - de forma organizada e equilibrada, as Boas-novas. A vida eterna. A vida do Deus Eterno!

Dar testemunho ou testemunhar é se expressar não somente com palavras, mas principalmente com atitudes. Com ações... Não é impor e sim expor. Pois, "alguns abandonaram essas coisas e se perderam em discusões inúteis" (1Tm 1.6).
Quando nos posicionamos e decidimos comunicar, não significa que devemos sair por aí - despejando palavras em cima das pessoas. Reagindo em confronto com a opinião alheia, ganhando bate-boca e muito menos representando quem, e o que não somos. Comunicar é envolver-se e andar junto, é levar vida às pessoas, é criar relacionamentos.

Outro fator importante e indispensável nesta operação, é que, antes mesmo de falar - é preciso saber ouvir. A Palavra de Deus não nos leva a rivalidade e a debates, e sim ao amor (1Tm 1.5). Ao serviço...


Em nossos dias, a igreja tem usado de diversos meios para falar ao mundo sobre o reino dos céus, mas não da forma utilizada por Jesus. Se desejarmos ver a genuína conversão de outras pessoas, devemos seguir o exemplo de nosso Senhor:
"Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13:15), “Porque eu não falei por mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, esse me deu mandamento quanto ao que dizer e como falar" (Jo 12:49).

A forma da evangelização Bíblica é simples, para que todos os servos do Senhor possam participar, pois no tempo de Jesus não havia carro de som, gráfica para  imprimir folhetos, emissoras de rádio, televisão e etc. É permitido por Deus usarmos esses meios, mas não ficarmos dependentes deles, ou até mesmo acreditarmos que sem eles não há evangelização.  
Nós somos a principal ferramenta que Deus quer usar na sua obra de evangelização.


Razões para Evangelizar
A Bíblia nos mostra,  razões fortíssimas que pode convencer e conscientizar a Igreja para obedecer o IDE do Senhor Jesus. De modo que, todos se envolvam no trabalho evangelístico.

  1. Porque este foi o grande propósito da vinda do senhor jesus aqui na terra e também deve ser da sua igreja
    Os evangelhos mostram enfaticamente o grande propósito do Senhor Jesus aqui na Terra. Esse propósito podemos entender no evangelho de (Luc. 4.17-21). Jesus revela após ter lido o livro do profeta Isaias, a todos os que estavam na sinagoga, ser ele (Messias) para começar o grande trabalho de evangelização. Os versículos (18 e 19) defini para melhor entender-mos o trabalho que lhe foi confiado:

  1. Evangelizar os pobres (são todos os que sentem a necessidade de ouvir a boa notícia do Reino do Senhor Jesus. Mt. 4.23-25).

  1. Apregoar liberdade aos cativos (disse Jesus para a mulher adultera: “... vai, e não peques mais”. Jo 8.11).

  1. Dar vista aos cegos (são os que estão sendo enganados nas religiões vãs. Jesus revelou ser ele a luz do mundo. Quem o seguisse não andaria em trevas, mas teria a luz da vida. Jo 8.12).  

  1. Por em liberdade os oprimidos (Jesus declarou que era necessário libertar uma mulher que há dezoito anos, Satanás lhe oprimia com uma enfermidade. Lc. 13.10-17).

  1. Anunciar o ano aceitável do Senhor (é o hoje. Disse Jesus para Zaqueu: “... Hoje, veio salvação a esta casa”. Lc. 19.9).

O seu propósito revelou o estado espiritual do homem que estava sem Deus. Este também era o nosso estado, antes de ter recebido o Senhor Jesus. Porém, agora salvos, pois fomos alcançados por esse tão grande propósito do Senhor, sendo assim, este também deve ser o grande propósito da Igreja, pois recebemos da mesma unção do Espírito Santo para dar continuidade a esta obra (2 Cor. 1.21, 22; Atos 1.8).


  1. Porque é um cargo que foi confiado a igreja
A palavra Igreja significa: “um grupo de pessoas chamadas para fora do mundo espiritual e não físico”. Cada cristão forma a igreja, uma vez que ele esta em Cristo nova criatura é, com isso, o mesmo recebe automaticamente o ministério  da reconciliação. Tudo isso provém de Deus que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos confiou a palavra da reconciliação, de sorte que, todo crente em Jesus é um embaixador da sua palavra (2 Cor. 5.17-20). Por isso devemos evangelizar pregando a mensagem do seu reino, por que somos representantes do Senhor aqui na Terra.


  1. Porque é um mandamento de ordem imperativa do senhor jesus com visão crescente do seu reino no mundo
Conforme Mateus cap. 28.19;20; Marcos 16.15 e Atos 1.1-8. O Senhor Jesus, após a ressurreição e antes sua subida ao céu, reuniu seus discípulos e por espaço de aproximadamente quarenta dias os ensinava e dava mandamentos a cerca de muitas coisas. E dando ênfase a obra evangelística, ordenou imperativamente que todos seus discípulos pregassem o evangelho e fizessem discípulos de todos os povos.

Pois somente a observância com dedicação deste mandamento é que irá, implicar a implantação do reino do Senhor sobre todos os povos da Terra.

Portanto, se somos de fato, servos do Senhor, iremos obedecer esta ordem com grande satisfação, como querendo agradá-lo.

Assim como os discípulos dos primeiros séculos, que obedeceram esta ordem com grande dedicação. De modo que, fizeram discípulos em: Jerusalém, Judéia, Samaria e até onde puderam chegar naquela época. Agora a responsabilidade é passada para igreja desse século, de dar continuidade a obra evangelística, até os confins da Terra. Então obedecemos enquanto é dia, pois a noite vem quando ninguém mais pode trabalhar.

  1. Porque é um dever de todo cristão
     A divulgação do evangelho torna-se um dever para a vida do crente, quando o mesmo conscientiza-se por quais foram os motivos que Cristo lhe salvou. Sendo um deles a de ser sua testemunha. Todo crente salvo é verdadeiramente uma testemunha de Jesus, visto que, já foi transformado pelo seu poder e também já presenciou grandes obras. Por este motivo é que Jesus nos ordenou como dever para pregar o evangelho (At. 1.8).
  Exemplo de um cristão cumpridor do seu dever, é o apostolo Paulo escrevendo aos (1 Cor. 9.16, 17), faz uma declaração acerca do seu dever.“Pois me é imposta essa obrigação. Ai de mim se não anunciar o evangelho.” E ainda em (2 Tim. 4.1, 2)
 Encontramos o mesmo apostolo, agora admoestando o seu filho na fé Timóteo, acerca também do seu dever de crente, que é de pregar a palavra. Contudo, não quer dizer que o cristão  deva pregar a palavra constrangido ou forçado, mas por se tratar de uma testemunha viva do Senhor Jesus. E ainda, o mesmo deve pregar a palavra de boa vontade, pois só assim receberá galardão conforme (1 Cor. 9.17). 

  1. Porque o senhor jesus já nos capacitou espiritualmente para evangelizar, quando nos revestiu da sua autoridade e nos batizou com o seu Espírito Santo

Disse-lhe Jesus:Eu vos dei autoridade para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum”. (Lc. 10.19).

Esta autoridade diz respeito ao poder que o Senhor Jesus nos deu no mundo espiritual, para expulsa os demônios que estão oprimindo as pessoas para desfazer qualquer tipo de obra maligna, para curar os doentes e enfermos de ordem benigna ou maligna (Mar. 16.18). Cujo propósito é de colocá-las em liberdade espiritual, afim de que, conheçam o grande amor e poder de Deus (Jesus) através da igreja. Porém, este fato, ocorrerá quando adquirirmos conhecimento espiritual de que ao passarmos pelo processo do novo nascimento, nos tornamos novas criaturas em Cristo. Com isso, fomos nomeados embaixadores do seu reino no mundo espiritual para dar continuidade ao trabalho do ministério da reconciliação do mundo perdido com Deus, (2 Cor. 5.17). Agora, portanto a igreja do Senhor Jesus deve se portar exercendo a verdadeira função de embaixador do seu reino, pois o próprio Deus nos fez assentar nas regiões celestiais em Cristo para exercer tal autoridade. (Ef. 2.5-7). 

Conclusão
Evangelizar não é uma opção. O próprio Senhor Jesus nos comissionou e disse: IDE (Mt 28:19 e 20 e Mc 16:15)

Precisamos então conhecer as razões, onde e o que fazer para cumprir este mandamento tão precioso da parte daquele que nos tirou das trevas para Sua Maravilhosa Luz.
Nosso compromisso é o de anunciar as Boas Novas e nos alegraremos ao ver que os frutos virão pelo germinar desta semente nos corações que, certamente, serão trabalhados pelo Espírito Santo.


FONTE: Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva